As condições do acesso aos três condomínios horizontais do bairro Cerrito é motivo de incômodo diário para moradores e visitantes. Ao chegar ou sair de casa, os moradores deparam com asfalto esburacado, falta de iluminação nas ruas, ausência de calçada para pedestre e de abrigo para esperar o ônibus nas paradas próximas ao Moradas, Moradas Clube e Terra Nova.
O representante comercial Everson Rangel é morador do Terra Nova e lamenta que, em ambos os acessos, não exista passeio público. Além de obrigar os pedestres a andar pelo asfalto, dividindo o espaço com os veículos, inexistência de calçada é agravada pela vegetação que toma conta da estrada.
Vejo crianças entre seis e 12 anos que precisam tomar o ônibus para ir à escola sentadas no chão, praticamente no asfalto, porque não há acostamento comenta o morador.
O representante comercial é pai de um adolescente de 17 anos que precisa utilizar o transporte público para se deslocar à universidade:
Meu filho ingressou na universidade este ano e, apesar de morarmos próximos à BR-287 (Faixa Nova de Camobi), não me sinto confortável em deixar que ele faça o percurso de casa até o ponto de ônibus a pé e acabo tendo de levá-lo até lá lamenta Rangel.
Além da vegetação alta e da falta de acostamento, a ausência de iluminação pública no trecho indigna os moradores:
Tem os postes, mas apenas isso. Não há lâmpadas nem os suportes para que elas sejam instaladas. Em um dos acessos para a rodovia, saindo do Moradas, não existe um poste de iluminação pública sequer até a chegar à faixa relata Rangel.
A professora aposentada da Universidade Federal (UFSM), Iza Neuza Teixeira, mora há quatro anos no condomínio Terra Nova e diz que os problemas existentes afetam a todos os que moram no local:
Desde que vim morar aqui, os órgãos públicos prometem que vão arrumar e fazer melhorias, mas até agora nada aconteceu. É uma escuridão total, não tem como enxergar nada durante a noite comenta a professora.
Ela destaca, ainda, que em horários de pico, como no início da manhã e no final da tarde, quando passa pelo trecho, percebe que as pessoas ficam desabrigadas, correndo risco de serem atropeladas.
Como não tem acostamento, os carros precisam desviar dos pedestres, que não têm para onde ir e acabam, muitas vezes, correndo pelo meio da rua. A falta de comprometimento do poder público incomoda, uma vez que isso pode gerar acidentes graves entre quem se desloca por este trecho salienta Iza.
Paradas sem abrigos
Os moradores enfrentam outro obstáculo ao deslocamento: não existe abrigo nos pontos de ônibus do trecho percurso, embora existam três paradas de espera.
O secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Miguel Passini, reconhece que não existe abrigo nas paradas nem acostamento. Segundo ele, não há condições para instalar o abrigo devido ao problema do acostamento.
Nós já tentamos instalar o abrigo neste local, mas não há como colocar. Primeiro seria necessário fazer o acostamento, que é responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para depos instalarmos o abrigo explica Passini.
O secretário de Obras, Infraestrutura e Serviços, Tubias Calil, reafirmou que a responsabilidade pelas obras de melhoria do trecho são do Dnit, já que o local fica entre a rotatória de entrada dos condomínios e o acesso para a Faixa Nova, que fica aos cuidados do Dnit.
O Diário conversou com o engenheiro João Carlos Tonetto, supervisor do Dnit em Santa Maria, que informou que existe acostamento na rodovia. Em relação à vegetação, o engenheiro afirmou já haver um projeto para remoção dos arbustos a fim de facilitar o acesso aos condomínios.
Já temos um projeto para remover o mato que cresceu ali na rodovia. A roçada deve iniciar no final deste mês ainda esclarece Tonetto.
O engenheiro salienta que a rua